terça-feira, fevereiro 12, 2008

england [in a graceful manner]


partiste, em dia que vai longe, e a metade
do coração que deixaste comigo,
emudeceu, ao se criar um visgo,
em cima da fissura antiga.
.
deu-se, afinal, como se repetisse
a mística de quem erra,
o meu exílio, aquela sonolência
eterna e quase indivisível.
.
que é estar sozinho,
com o oceano, às vezes longo muro,
e outras como abismo.

.
.
Carlos Henrique Leiros
.
.

[man on dock looking south (rodney smith)]

20 comentários:

Maria disse...

O oceano será sempre um abismo.... e também um muro....

Abraço

Anônimo disse...

No coração sempre ficam marcas quando se vai ou quando se chega, quando se abandona ou quando se é abandonado. Belíssimo poema meu caro.
Abraços!

Anônimo disse...

porque partir é sempre um abismo..

beijo

"Oncotô? (Erika)"

Tania disse...

O adeus inaugurando as horas de solidão. E o olhar que se encaminha para mar já não vê o horizonte... somente muro e abismo...
As suas palavras, como sempre elegantes, desenham paisagens que me impressionam. Este poema provoca nossas janelas interiores, em dias nublados.

É realmente um prazer acompanhar a sua poesia, que força ela tem.

Um abraço, Carlos.

Tinta Azul disse...

Carlos,
Você anda muito (bem) inspirado mesmo.
Vinicius disse muito bem "tudo depende do estado do coração". Vemos as coisas como as vemos consoante o estado do coração.
Por isso o oceano será abismo será muro se o coração estiver a doer, se estiver bem...poderá ser paraíso, ponte, travessia... Como o estar sózinho pode ser bom e mau. Tudo depende, tudo depende...do estado da alma e do coração.

Grande abraço

devaneiosaovento disse...

a solidão é um sentimento pertubador, nos transporta para abismos sem fim, ou diante de muros que não se pode escalar
abraços poeta

schadenfreude disse...

Ola meu caro Carlos,
incrivel a capcidade de nos tornar mos sós,
você se colocou preso em um gigantesco muro,em um intrasponivel oceano,
parece combinado,o novo poema do meu blog fala da mesma solidão,
mas não com a doçura de tuas palavras,mas sim com o amargor das minhas,
nada no mundo é diferente,mudam as palavras,as cores,mas os sentidos são os mesmo.
apaixonei me pelo poema.
mais uma vez parabens,
abraços

Ana Ramiro disse...

carlos, esse poema ficou muito bom, a imagem da fissura aliada à sensação de isolamento bateram fundo. bonito mesmo! e moço, obrigada pelas palavras carinhosas lá no blog. volto...beijo

Ana Ramiro disse...

ah, e a foto é bárbara! :)

livia soares disse...

Olá, CH.
Precisei de uns dias para digerir seus novos poemas. Fui reler "Mensagem", de Fernando Pessoa" e "O Labirinto da Saudade", de Eduardo Lourenço. Queria compreender de onde vem essa saudade imensa (que compartilhamos, vc bem sabe) daquilo que jamais tivemos: os pilares da civilização (Ocidental, of course) profundamente fincados num solo previamente adubado por um paganismo fecundo e esteticamente exuberante... ainda estou estudando.Isso é mistério para uma vida de estudos. O seu poema está lindo e estimulante. É o que conta.
Um abraço.

Tata disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Muito belo e triste , o poema, em conjunção com a imagem delicada e densa: ambos criam fissuras, mas é abrindo a alma que as melhores seivas aparecem...
Abraços alados, caríssimo!

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

É muito, muito linda esta imagem!... diz e revela muito, naquilo que encobre, esconde: as figuras, silhuetas, recortadas, sobre o fundo aquoso, nebuloso, infinito... olhar perdido, à busca... melancolia na alma alada... mas, sempre, as esperanças e surpresas nos imprevistos, nos desvãos!...

Abraços alados,caríssimo.

Anônimo disse...

Gostei das poesias Darling.

Beijos,

Praga do Egito.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

... E onde andará o homem-menino que costumava escrever por aqui???... A imagem no topo da página simboliza um tempo de recolhimento?... Também estive bastante introspecta durante o tempo outonal-invernal, mas parece que, aos poucos, vamos renascendo, com os ares e matizes de primavera! Abraços alados, caríssimo.

jugioli disse...

Gostei de vir conhecer esses lindos poemas e ilustrações.
Poético e intenso.

JU

Anônimo disse...

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