quinta-feira, junho 28, 2007

ato findo


ato findo o amor
é um longo e extenuante abraço
casulo vazio de vida
como as borbulhas em vão
de um afogado que se enreda em algas
e ninguém vê
e ninguém pode imaginar
que há beleza em se esvair
em se deixar levar

.
.

Carlos Henrique Leiros

[dreaming (ilkka keshinen)]

6 comentários:

Lua Durand disse...

Há muita beleze em se esvair.
Afinal no mundo em tudo há um pouco de poesia, e você sabe bem expressar essa poesia.

Parabéns!

Votlarei aqui sempre que der.

Passa lá também para tomar um café, com um pouco de prosa.

Será bem vindo.

Café com leite?
Açucar ou adoçante?
e uma porção de chanttily?
Biscoitos?

fica por sua conta a escolha.

Au Revoir

Ana Isabel disse...

Olá ch
Agradeço muito o comentário que deixou no voo das borboletas, e o facto de o ter adicionado aqui no seu blog. Devo dizer-lhe, com sinceridade, que apreciei mutíssimo o almofariz. Penso que, de alguma forma, nos entendemos estéticamente, nas palavras e nas imagens.
Voltarei aqui com toda a certeza!!!

Ana Ramiro disse...

ato findo...canto da sereia, que arrebata. Adorei! E a animação também. abçs, Ana

The-Insighters disse...

lindo,muito mesmoo..
qria poder falar mais
só q o sentimento que me acometeu ao ler são indescritiveis
passeando pela identificação
ou pela transformação do que antes via cmo tragédia,agora com um novo ponto de vista e tão belo..
simplesmente,não sei explicar
-
perdoa n ter vindo antes?
bjão ch!!

Mi disse...

Céus! Como não hvia lido esse ainda? Gostei mais ainda que um tanto. Como? Estando dentro dali, esvaindo-me conjuntamente. Peço licença para o dia em que eu quiser me traduzir assim... li rápido, mas relerei com mais atenção e repetidas vezes.

Um beijo. E obrigada por proporcionar essa leitura.

Tata disse...

Estava aqui me deleitando em teus versos, Carlos. Lendo uns, relendo outros. Sexta à noite em casa dá nisso, inspirações.

O amor
que do peito levou
ao se esvair em secura
a cura
da minha vida e a tua
o fogo
que o pranto apagou.

Noite boa!