sábado, agosto 25, 2007

face d'ouro


oh face como se fora d’ouro
alça-me às bordas
onde o sono encontra o fim e o dia avança
suspende-me
por sobre abismo e abismo
com intuitiva força
e eu sendo algum brinquedo
que de suspenso vê melhor o mundo
a cor de cada sombra desenhada
e tu, como se fora d’ouro, frente a mim
face com face, a pele junto aos ossos
hás de dourar-me inteiro com teu fogo.

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Carlos Henrique Leiros
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[no credits]

7 comentários:

devaneiosaovento disse...

Bravo, bravo
Vc sempre surpreende
Postei algo meu agora,
sou ainda uma aprendiz, quem sabe
um dia consigo ainda escrever como vc?
abraços meu caro

m disse...

"onde o sono encontra o fim e o dia avança" bem assim!
mas sabe, ultimamente pensei demais em coisas suspensas, e até nos meus pensamentos suspensos. penso que em breve irei encarar tudo assim. quem sabe. quem sabe seja o fim dos meus dias e o início do meu fim. vai saber!

ah, figura, um beijo!
;*

Maria disse...

Muito bom, mesmo...
Parabéns...

Lua Durand disse...

sempre gosto do que tu escreve aqui;

poeta profissional?

a imagem me lembrou um picadeiro.

beijos.

au revoir

livia soares disse...

Olá,CH...
Parece que desta vez vc atingiu um novo patamar de qualidade estética... Lindo poema. Os outros já eram muito bons, mas este é um momento especialmente feliz. Beleza que evoca uma instância superior... qual será? O mistério fica pairando no ar dourado...
Um abraço.

Mi disse...

Belo!

e só, seu sumido.

Beijo do Diachinho.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Cada vez me encanto mais , ao pousar neste teu jardim de cores e letras, pois só encontro primor, na conjunção de imagens e poemas!!!
Tudo muito lindo, as imagens seduzem, as palavras provocam, despertando sensações suaves e vívidas, fazendo pensar, levitar... Abraços alados!