sexta-feira, agosto 31, 2007

folhagem


para engolir-te as cerdas
e desmentir a aspereza que teu toque
me provoca
.
sorvo nas mãos o filtro do teu verde
macerado em todos os alguidares
qual pomo de luz baça

.
.
Carlos H. Leiros
.
.

[the mother of all perfect]

8 comentários:

Maria disse...

Pudesse eu ler correctamente nas entrelinhas desta folhagem......

Um abraço

Tinta Azul disse...

Sopra na folhagem Maria, e lê nas entrelinhas, ou melhor, nas nervuras das folhas.Torna límpido o que for baço.
:)

devaneiosaovento disse...

delicado Ch
muito delicado...
características dos poetas, em expressar significativos sentimentos nas entrelinhas, escondidos na textura desse verde.

aproveito para elogiar tb as imagens,belas
mas senti falta da sua foto pq a tirou?
abraços

livia soares disse...

Caro CH,
Muito interessante este poema curto, porém intenso. A natureza como fonte de embriaguez permanente, mas sob controle... é um sentimento que compartilho e que me desnorteia um tanto. É preciso seguir trnsformando nossas perplexidades em objetos belos, pois não? Parece que assim a vida não é de todo vã... Passa lá em "casa", já vês que o dia não está fácil.
Um abraço.

Anônimo disse...

estou com cíumes por este blogue

Anônimo disse...

Carlos Henrique, o blog como sempre esta belissimo. parabéns! nairlê.

m disse...

a minha ausência aqui cheira mau, hein! mas digo e continuo a querer acreditar nas mesmas coisas em que você o diz acreditar lá, no meu canto imundo. vou tomar como as minhas, suas rédeas. quem sabe assim sigo um rumo, pelo menos um.

e um beijo, figura!

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Caríssimo, tudo aqui transpira suavidade, sensualidade, luz!... De quem é esta belíssima imagem?...
E tua escrita, difícil definir o sabor que ela deixa na alma: talvez o de um refinadíssimo licor dos deuses... Sempre uma delícia visitar teu jardim, fonte fecunda, de reflexão e encantamento! Abraços alados.