quarta-feira, setembro 05, 2007

crisálida


a alma que canta
em pupa, risonha e morta,
como a febre de todas as manhãs
.
traz renovada crusta
e os filamentos das asas
por onde - dizem - luz e vida se imantam
.
o sonho quebrando a casca
envolve
de nobre seda a visão
.
agora tudo farfalha
e pulsa, adelgaçadamente,
como vertigem branca

.
.
Carlos Henrique Leiros
.
.

[out of darkness (debbie caffery)]

4 comentários:

devaneiosaovento disse...

hum...então que tal deixar a criatura ai? sim, vamos deixar para depois darmos boas risadas, o que acha? rs
Ficou lindo o poema, eu tenho aqui um que fala dos casulos e dessa metamorfose toda, um dia lhe mando.
Bom, meu caro amigo,deixa ai a tal crisálida, amanhã iremos rir muito dessa imagem...buuuuuuuuuuuuuuu
bj grande, saudade sempre,nos cuidemos, sempre e sempre fortalecidos pelas adversidades que a vida tenta impor, mas com sentimentos nobres e raros superamos com grandeza mostrando que sentimentos oriundos da dignidade, respeito, amizade, carinho,admiração conseguem vencer. Quando se é mútuo e verdadeiro NADA consegue abalar,apenas FORTALECER.
abraços

livia soares disse...

Olá, CH...
Eita! Este poema eu vi na sua versão manuscrita, hehehe... Chiquérrimo. Oops! Acho que este não foi um comentário muito literário. É que hoje estou-me sentindo tão mundana... e o poema é tão nobre, combinando com a imagem cor de mancha-de-vinho... De qualquer modo, é mais um construto emanado do respeitável cérebro de Vossa Senhoria. Cumpre prestar-lhe toda atenção. Acaba de me ocorrer (tão logo leio "Crisálida") que os seus poemas têm um ponto em comum: todos fazem crer que "there is another world; there is a better world. Well, there must be."
Um abraço.

Anônimo disse...

Sou novo nestas lides ...

Aqui deixo o convite para que visitem o meu espaço .

"Ao lado de fortes cavaleiros eu seguia
Terras de mil cores nós ia-mos conquistar"

Bom fim de semana .

Tania disse...

Olá Carlos,

Cheguei até aqui por sugestão da Edna, e me alegro por isto. Gostei muito dos seus poemas (ah, dei várias voltas em "poeta e plenitude", tão lindas metáforas...), será um prazer acompanhar os seus escritos.

Um abraço