
a alma que canta
em pupa, risonha e morta,
como a febre de todas as manhãs
.
traz renovada crusta
e os filamentos das asas
por onde - dizem - luz e vida se imantam
.
o sonho quebrando a casca
envolve
de nobre seda a visão
.
agora tudo farfalha
e pulsa, adelgaçadamente,
como vertigem branca
.
.
Carlos Henrique Leiros
.
.
[out of darkness (debbie caffery)]
4 comentários:
hum...então que tal deixar a criatura ai? sim, vamos deixar para depois darmos boas risadas, o que acha? rs
Ficou lindo o poema, eu tenho aqui um que fala dos casulos e dessa metamorfose toda, um dia lhe mando.
Bom, meu caro amigo,deixa ai a tal crisálida, amanhã iremos rir muito dessa imagem...buuuuuuuuuuuuuuu
bj grande, saudade sempre,nos cuidemos, sempre e sempre fortalecidos pelas adversidades que a vida tenta impor, mas com sentimentos nobres e raros superamos com grandeza mostrando que sentimentos oriundos da dignidade, respeito, amizade, carinho,admiração conseguem vencer. Quando se é mútuo e verdadeiro NADA consegue abalar,apenas FORTALECER.
abraços
Olá, CH...
Eita! Este poema eu vi na sua versão manuscrita, hehehe... Chiquérrimo. Oops! Acho que este não foi um comentário muito literário. É que hoje estou-me sentindo tão mundana... e o poema é tão nobre, combinando com a imagem cor de mancha-de-vinho... De qualquer modo, é mais um construto emanado do respeitável cérebro de Vossa Senhoria. Cumpre prestar-lhe toda atenção. Acaba de me ocorrer (tão logo leio "Crisálida") que os seus poemas têm um ponto em comum: todos fazem crer que "there is another world; there is a better world. Well, there must be."
Um abraço.
Sou novo nestas lides ...
Aqui deixo o convite para que visitem o meu espaço .
"Ao lado de fortes cavaleiros eu seguia
Terras de mil cores nós ia-mos conquistar"
Bom fim de semana .
Olá Carlos,
Cheguei até aqui por sugestão da Edna, e me alegro por isto. Gostei muito dos seus poemas (ah, dei várias voltas em "poeta e plenitude", tão lindas metáforas...), será um prazer acompanhar os seus escritos.
Um abraço
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