domingo, outubro 28, 2007

estudo para um desejo à toa



meus pés sobre o linóleo e um bocejo longo,
se antecipando à quietude farta,
e quase tumular da vésper em alvos flocos.
há pouca luz, há folha contra folha.
um livro, a chávena, tenho tudo a postos,
e uma vontade insana de me abandonar.

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Carlos Henrique Leiros
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[le parc & le parc II (no credits)]

13 comentários:

miKael disse...

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"vontade insana de me abandonar"
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este é mais um dos seus versos q permanecerá grudado em minha alma para sempre
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tenho tanto a te falar q não consigo começar...
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então, direi apenas q senti e sinto mto sua falta Dindo
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estou me recuperando aos poucos...
assim q estiver melhor escreverei um e-mail p vc
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um abraço apertado
do seu afilhado desnaturado
mas, q nunca te esquece
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gosto mto de vc, como se fosse um irmão
apesar, desses meus sumiços parecerem indicar o contrário
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feliz em reencontrar vc
espero poder restabelecer nossa amizade

Anônimo disse...

Cara, que descritiva maravilhosa!
Abraços.

devaneiosaovento disse...

um abandono maravilhoso
(insano?)


abraços, (me perdoe a correria)

livia soares disse...

Olá, CH.
Está de apetite este teu instantâneo de uma tarde perfeita para a gente se perder numa floresta de livros. Adoro esses momentos de pré-abandono, e convenhamos: em nossa cidade as tardes chuvosas também são lindas,tocadas pelo mistério... especialmente em nosso amado bairro de Petrópolis, não é?
Um abraço.

Berta Helena disse...

Entrei aqui pela janela da Maria. É verdade que não fui convidada, mas depois de cá chegar senti-me fascinada e fiquei. Valeu a pena. Gosto muito da forma como escreve e do conteúdo e da forma do Almofariz.
Espero voltar, se não leva a mal.

Tania disse...

Olá Carlos,

Gosto demais das palavras que você escolhe, apenas as necessárias para dizer o essencial, com uma enorme elegância. E o poema é, uma vez mais, muito bonito; me faz andar pelos caminhos desse abandono sereno.

Abraços

Sonja disse...

Querido,
Finalmente cheguei aqui...
Sinto que tenho par nesse mundo ao ler seus versos, irmanada nessa "vontade insana de me abandonar". Um encontro perfeito, solitário, necessário para respirar, viver, ser...
Belo, Bravo!!!
Um beijo carinhoso,
Sonja

Juan B. Morán disse...

Abandonarse, dejar lo cerebral y sencillamente dejarnos llevar por las sensaciones, sin rumbo. De la misma manera que hace falta perderse para encontrarse.

Un saludo

m disse...

você me dá vontade de viver só pra, me arriscar, a escrever.. e não deixar passar nada em branco - tão monocromático e meu. vira tudo, todo - de qualquer um que não rejeite a minha ignorancia infalível.

beijos tantos, querido meu!

Anônimo disse...

Lindo. Muito lindo mesmo!
Isso é Arte.

Adorei seu blog.
Vou linkar e voltar mais vezes.

beijo

Lua Durand disse...

essa é a vontade qeu eu sinto ultimamente.

me abandonar.

um bom texto, belas palavras.

gosto da poesia que se serve por aqui.

gosto das palavras.

e até do que não foi escrito.

au revoir

Anônimo disse...

Carlos. Obrigado pelo comentário sempre bem colocado por você lá na fábrica.
Abraços!

pituco disse...

signore,

teus versos provocam emoções...um rebuliço interno e mental...esse em especial

amplexosonoros
namaste